Os bons morrem jovens

07/06/2014

Não falemos de títulos, de gols, de troféus. Falemos de outra virtude que também simboliza conquista. Mérito, glórias, amor. Nem todas as estrelas brilham tanto no céu, onde dividem espaço com outros astros. Mas apenas aquelas que, mesmo depois de mortas, continuam a brilhar. Fernandão foi assim. E, se o poeta me der licença de repetir o seu discurso, eu discorro “É tão estranho; Os bons morrem jovens; Assim parece ser, quando me lembro de você; Que acabou indo embora, cedo demais…”

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Com ele, aprendi que se pode ter esperança de um caminho melhor. Que lealdade é a palavra mais importante no mundo do esporte e que a vitória chega na base de muita luta e suor. Dono de uma garra sem igual, Fernandão (ou F9, para os fãs), me mostrou que ainda se pode acreditar no amor a camisa, que ainda existem pessoas que beijam o escudo com vericidade e que grandes homens se formam com sangue e transparência.

É tão estranho
Os bons morrem antes
E lembro de você e de tanta gente que se foi cedo demais
E cedo demais,eu aprendi a ter tudo que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz
Do resto não sei dizer

As memórias ainda flutuam na nossa cabeça. O centroavante não conquistou apenas grande parte dos gaúchos, goianos e paulistas mas também o mundo, quando num certo dia de dezembro mostrou que humildade e dedicação valem mais que nome e fama. E esse legado ficará registrado em todos que puderam conviver com essa grande figura que foi e sempre será o camisa 9. Seja o Testa de Ferro, Homem Gol, Capitão América, Dono do Mundo… Para mim, em particular, ainda é muito difícil acreditar ou escrever sobre esse atleta que eu ouso em dizer, foi o maior da história do Internacional. Levas a plagas distantes; Feitos relevantes; Vives a brilhar; Correm os anos, surge o amanhã; Radioso de luz, varonil; Segue a tua senda de vitórias.

UH, TERROR, FERNANDÃO É MATADOR!


Vestiário faminto – Parte III

20/11/2012
Imaginem a fina ironia: o maior líder da equipe colorada campeã do Mundo em 2006, sendo fritado por um vestiário que ganhou o Campeonato Gaucho em 2012.

Mais um ídolo que sai da beira do campo e volta para as arquibancadas.

Apesar de irônico, isso não tem nada de engraçado, nem mesmo uma pitadinha de humor negro. A situação atual (que não vem de agora) do vestiário colorado é preocupante. Na entrevista coletiva de despedida de Fernandão do cargo de comando, ele fez alguns desabafos, frases soltas que dizem muito a respeito de tudo o que ele passou – provavelmente desde a entrevista depois do empate com o Sport, dentro do Beira-Rio, onde ele falou da tal zona de conforto e mostrou um descontentamento com o desempenho e postura profissional de alguns jogadores.
Pra ficar mais claro e, quem sabe, evidente, vou elencar algumas fortes declarações do ex-técnico colorado.
-“Não vou mentir, mas vou omitir. Me reservo o direito de ficar calado”.
-“Aprendi que no futebol não se pode falar a verdade.”
-“A gente perdeu a linha de conduta.”
-“No papel estava maravilhoso. Mas nunca esteve, aqui dentro.”
-“Se eu tivesse tomado atitudes não levando em conta algumas amizades, as coisas talvez fossem diferentes. Eu errei.”
-“Acabei sendo amigo de quem não merecia”.
-“O meu grande erro foi depois da entrevista da zona de conforto. Eu deveria ter tomado algumas atitudes e não fiz.”
-“O vestiário tem que ser falado sobre direção, pelo vestiário. Você é verdadeiro, sincero, e acaba que tem vários caras. Alguns outros, que ficam no ar condicionado, só querem causar polêmica. Que eu fale alguma manchete. Pra dar notícia.”
-“Acabei fraquejando também, não tive a experiência necessária.”
Mais um ídolo “queimado” sem necessidade de fazê-lo. Claro que Fernandão não é vítima nisso tudo, ele tem a sua responsabilidade, lógico, mas já vimos que não foi ELE o problema. Assim como não era Dorival, não era Falcão.. Na minha opinião o vestiário do Inter precisa de uma implosão. E pra ontem! Mudar o técnico não vai ser a melhor solução enquanto houver jogador lá dentro que, por ter uma bom histórico no clube, acredite poder exercer algum tipo de liderança que extrapole aquela chamada “liderança positiva”.

Fernandão chorou na despedida. (Foto: Christiane Matos)

Eu preferi não acreditar quando ouvi a palavra “boicote” associada ao vestiário colorado, mas depois dessas declarações, e de ver Fernandão em lágrimas, não posso desconsiderar essa possibilidade. Lamentável um clube como o Inter estar passando por isso… e mais uma vez. Agora, que venha um treinador que coloque o “pé na porta” e assuma de vez o comando da equipe para 2013 começar tranquilo pelas bandas da Avenida Beira-Rio.
Um líder, um comandante, um técnico que mostre “quem manda” e uma limpa no vestiário, um encerramento de ciclos e, consequentemente, de contratos. É isso o que o Inter precisa para um 2013 melhor.

Cremação Beira-Rio

20/11/2012

Eles conseguiram. Queimaram mais um ídolo colorado.
Parabéns, senhor presidente Giovanni Luigi, por ter colocado na fogueira mais um grande ídolo colorado, e ter deixado ele queimar sem piedade.
Clap, clap, clap. Palmas para um dos presidentes mais incompetentes da história recente do Internacional. Digo isso porque , diferentemente dos que passaram pelo clube na década de 90, Luigi pegou um clube organizado, com dinheiro e prestígio, e transformou isso tudo e uma grande pilha de lixo. Clap, clap, clap.

Esse excelentíssimo senhor que comanda o meu clube do coração não se deu conta, ainda, que o real problema do Inter na última temporada não foram os técnicos, chamados de incompetentes, mas, sim, o grupo de jogadores desprezíveis que se acham bom demais para um banco de reservas, ou importantes demais para se submeter às ordens de um treinador. Grupo, esse, que fez um enorme fiasco nos últimos dois anos, e que contaminou com o seu caráter podre quase todos os jogadores que chegavam ao time.
Eles é que TEM que ir embora. Não Falcão, Dorival ou Fernandão.

Gosto de dar nomes aos bois. Pra mim, quem tem que ser chutado pra fora do Beira-Rio, é:
Bolívar, D’Alessandro, Guinazu, Dátolo, Índio, Kleber, Forlán e Rafael Moura. Além, é claro, dessa diretoria ridícula.
Tchau, adiós, adieu, bye, já vão tarde.

Pra mim, Fernandão tinha que ficar, e dar uma chance para ele treinar um grupo decente. Mas já mandaram ele embora. Claro, é mais fácil demitir um treinador do que um grupo inteiro.
O problema é que, caso esses jogadores prepotentes continuem, e venha Dunga, Felipão, Mourinho, ou quem quer que seja, vai ser outra vez queimar mais um treinador, mais um ídolo.
Se eu fosse o Dunga, só aceitaria treinar o Inter se tivesse a liberdade pra colocar pra rua toda essa caterva.

Triste. Depirmente. Revoltante.

Fora, Luigi!
Falcão eterno!
Fernandão eterno!
Dunga eterno!

Clarissa Londero
levantando a bandeira vermelha no Salto Alto FC


Caiu a casa Colorada

20/11/2012

Fernandão não é mais o técnico do Inter. O comunicado foi feito agora cedinho ao, até então, comande colorado. Na verdade, essa não é uma notícia que surpreenda tanto assim. Já era esperada. A grande questão é como a direção colorado lidou com o assunto.

Foto: André Baibich

Ontem mesmo, o presidente Giovanni Luigi matou no peito a pressão dos conselheiros e  manteve Fernandão como técnico. Porém, a madrugada deve ter sido longa. Menos de 12 horas depois veio a confirmação da saída do treinador. Rumores, inclusive, deixam transparecer um certo medo para uma derrota no Gre-Nal.

O Inter acumula três derrotas consecutivas nesta reta final do Brasileirão. A mais recente delas foi para o Corinthians, no último domingo. Antes o Colorado perdeu para Ponte Preta e Náutico. Fora as derrotas para times na zona do rebaixamento dentro de casa.

Osmar Loss, técnico do time sub-23 do Inter, ou Clemer, comandate da categoria de base, deverá assumir a equipe nas partidas que restam em 2012, contra Portuguesa e Grêmio.

Sofrido

A vida de Fernandão no Inter não foi fácil, como treinador. O ex-capitão do time em quatro meses não conseguiu muita coisa. Assumindo o Colorado na 11ª rodada do Brasileirão, em 26 jogos, foram 9 vitórias, 8 empates e 9 derrotas, um aproveitamento de 44,9%.

Fernandão sai deixando o Inter na 8ª colocação no Brasileiro, com 51 pontos, e sem chances de vaga na Libertadores.


Bagunça no Beira-Rio

19/11/2012

As três derrotas seguidas do Inter no Campeonato Brasileiro exaltaram os ânimos no Beira-Rio, deixando claro que não é nada confortável a zona na qual os colorados se encontram nesse momento. Ok, quase todos os colorados. Sempre tem alguém que consegue se safar e dar uma escapadinha do mau tempo. Que o diga Bolívar.

Segundo as palavras de Fernandão após o jogo de ontem, o zagueiro foi convocado para compor o grupo que enfrentaria o Corinthians no domingo. Porém, Bolívar se negou a jogar, alegando que já tinha compromisso (???). Ao que parece, o tal compromisso se trataria de uma viagem ao litoral e, convenhamos: quem não gostaria de aproveitar o feriadão matando trabalho e indo para a praia, hein?

Pegar o Corinthians no domingo? Ex-capitão preferiu sombra e água fresca.

Porém, há um estranho ruído na comunicação. Bolívar e seu empresário se manifestaram sobre as declarações do treinador, negando que o atleta tenha se recusado a jogar. Enquanto isso, Giovanni Luigi confirma a versão de Fernandão, inclusive optando pelo afastamento de Bolívar, que passa agora a treinar em separado do restante do elenco.

De longe se pode sentir o clima do vestiário. O que vemos em campo é o reflexo da perda de comando por parte da comissão técnica e dos dirigentes. Jogadores que antes eram identificados com o Internacional e considerados ídolos pela torcida agora fazem corpo mole, grandes contratações não correspondem, profissionais experientes não honram as cores do clube e, o pior de tudo, não admitem seus erros. Fernandão tem um dos melhores grupos do Brasil, mas não consegue fazer render, decepcionando a torcida rodada após rodada.

Bom, de acordo com D’alessandro & cia, a imprensa é a principal culpada pela má fase do Inter (oi?).

E você, torcedor colorado? De quem acha que é a culpa?


Por um 2013 não tão longo assim…

18/11/2012

Crédito: Agência O Globo

A verdade é que o Internacional joga para cumprir tabela. E isso não é de hoje. Talvez, para os torcedores, seria importante ver alguma reação na reta final do campeonato, mas parece que a possibilidade é tão remota quanto a vinda de Abel Braga. Não só é, como já sendo.

O primeiro tempo entre Inter e Corinthians só não foi mais sonolento, porque aos 47 minutos, Danilo fura a área colorada e chuta direto na trave. Segundo depois, Guerrero recebe um cruzamento de Douglas e, de cabeça, manda para dentro do gol.

O Timão de Tite voltou para o segundo tempo embalado pelo gol. Em menos de um minuto, Douglas já mandava a bola na trave. E aí, quando os corintianos dominavam a partida, Fernandão, à beira do campo, berrava o nome do atacante Cassiano. Gritava como se a esperança nos jovens fosse lhe salvar como em outras vezes…

Não deu! A torcida, nada satisfeita com a derrota por 1 a 0, ainda viu Edenilson, aos 45 minutos, ampliar o placar.

Diego Forlán, D’alessandro, Damião e todos os outros foram superados pelo quinto colocado, que não tem outro objetivo senão conquistar o Mundial da Fifa.  E o presidente Giovanni Luigi não “descarta descartar” Fernandão?


Telefone-sem-fio-colorado.

07/11/2012

Pra quem não sabe ou não lembra, para o confronto de domingo contra a Ponte Preta o técnico Fernandão tem alguns problemas para administrar – principalmente no que diz respeito à montagem do setor defensivo. Isso porque Índio e Rodrigo Moledo receberam o terceiro cartão amarelo na derrota para o Náutico e cumprirão suspensão automática.

Num primeiro momento, Juan, Jackson e Bolívar seriam os postulantes para essas duas vagas. No entanto, o garoto Jackson sentiu uma lesão em uma partida no time sub-23 e sequer treinou. De cinco, pra três, pra dois, fica mais fácil definir: Juan e Bolívar titulares na zaga colorada. Não. Não para o vice-presidente de futebol do Inter, Luciano Davi, que concedeu uma entrevista ontem a noite à Rádio Bandeirantes confirmando Ygor, VOLANTE, improvisado na zaga para o jogo contra a Ponte.

Eis que hoje pela manhã, no treinamento realizando no CT Parque Gigante, o técnico Fernandão montou um time com o general ao lado de Juan. Sim, ao contrário da ideia de Luciano Davi, depois de 75 dias sem figurar no time principal, Bolívar irá compôr a defesa colorada.

Último jogo do Bolívar foi na derrota do Inter pro Coritiba por 1 a 0.

Depois de praticamente escalar Ygor, Luciano Davi convocou a imprensa para uma entrevista coletiva para esclarecer a mudança. O VP do Inter reconheceu ter falhado e, inclusive, revelou que Fernandão lhe chamou antes do treino da manhã da manhã de hoje para comunicar a opção de promover o retorno zagueiro. Depois da pequena confusão, Davi disse concordar com a opção do comandante colorado: “A decisão do Fernandão é acertada.” – Disse ele.

 


Inter 2012 – o time desfez as minhas convicções

18/10/2012

Eu era fã incondicional de D’Alessandro.
Eu acreditava que, quantos mais gringos no time do Inter, melhor.
Eu achava que o Damião nunca ia perder a garra que tinha.
Eu defendia a idéia de que manter o mesmo grupo de jogadores por várias temporadas seguidas era a chave para o sucesso de um time.
E eu achei que o fato de o Inter não estar indo bem nos últimos tempos era culpa de treinadores incompetentes.

Só que não.

Só que agora o que eu mais quero é que o D’Ale vá pra China.
O que eu desejo é que todos esses Argentinos voltem à sua pátria amada.
O que eu espero é que o Damião volte a ter a cabeça no lugar, ou que seja vendido logo, pelo preço que for.
O que eu passei a achar melhor é que o grupo se renove quase que totalmente a cada temporada.
O que eu acredito agora é que os técnicos que passaram pelo Inter nas duas últimas temporadas foram, acima de tudo, vítimas de um grupo de mercenários que fizeram complôs para derrubar um a um.

Venho aqui, também, manifestar o meu apoio ao técnico e ídolo Fernandão. Pra mim, o único que tem que ficar para a próxima temporada é ele. O resto todo do grupo está podre, está com um câncer malígno que só se resolve com uma limpa geral. E está contaminando os novos que chegam. Poucos (muito poucos mesmo) merecem seguir vestindo a camisa do Inter no ano que vem.

Para esses jogadores que acham que são bons demais pra suar a camisa, pra sujar a bunda no gramado ou pra ouvir com humildade as orientações de um técnico, a porta da rua é serventia da casa.

Apoio totalmente o Fernandão se ele decidir colocar SÓ os jogadores da base pra jogar. Pior do que está, não fica. E pelo menos nós, colorados, passaremos a ver um time com um pouco de garra em campo.

Fora D’Alessandro, Guinazu, Kleber, Bolivar, e cia. É o fim de uma era, definitivamente.
Mas já vai tarde!

Clarissa Londero
levantando a bandeira vermelha no Salto Alto FC


“Xô, crise!” Confiança na garotada.

17/10/2012

Em meio a um cenário tenso, tanto dentro como fora de campo, hoje a noite o Inter recebe o Figueirense no estádio Beira-Rio, às 19h30.

Para esse jogo, o técnico Fernandão optou por fazer algumas importantes mudanças na equipe. Ao todo, quatro peças foram modificadas: Kleber, Dátolo e D’Alessandro começarão no banco de reservas – com a alegação de desgaste físico pela sequência de jogos contra os Atléticos (MG e GO). Mas vale ressaltar que Kleber teve uma discussão das feias com Muriel, depois que o time sofreu o gol da virada do Dragão. A direção, no entanto, não quis tratar do assunto publicamente, mas agora vemos esse reflexo com o lateral dando lugar a Fabrício na posição.

Guiñazu deve retornar ao time. O argentino que chegou hoje a Porto Alegre depois de servir à seleção nacional, será opção caso esteja bem fisicamente. Com Nei suspenso, Edson Ratinho assume a lateral direita. Recuperado de uma indisposição estomacal, Juan será o parceiro de Moledo na zaga. No ataque, haverá uma linha de três com Dagoberto, Cassiano e Rafael Moura.

O colorado deve ir a campo com: Muriel; Edson Ratinho, Moledo, Juan, Fabrício; Ygor, Josimar/Guiñazu e Fred; Dagoberto, Cassiano e Rafael Moura.

Em sexto lugar com 45 pontos, o Inter busca essa vitória para não deixar o São Paulo, que é quarto colocado com 52 pontos, abrir ainda mais a distância e ver o objetivo cada vez mais distante.

Contra um adversário fraco e também muito mal das pernas, o Inter tem o caminho aberto para carimbar uma vitória dentro de casa e ao lado da sua torcida. Se com os medalhões, as coisas não estão fluindo, pelo menos a garotada do time vem mostrando que está afim de jogo!


Império bolivariano (?)

12/09/2012

No primeiro final de semana que Juan pôde atuar no time do Inter, o comandante colorado optou por usar Índio e Bolívar na equipe principal. Moledo, naquela ocasião, ficou de fora da relação e Juan no banco de reservas. Isso foi no empate com a Portuguesa em 1 a 1.

Contra o Grêmio, a zaga titular foi Juan e Bolívar com Índio no banco e Moledo, mais uma vez, fora dos relacionados. Nessa partida, o colorado saiu derrotado por 1 a 0. No jogo seguinte, no Couto Pereira, o Inter também perdeu por 1 a 0, dessa vez para o Coritiba. Com Juan lesionado, a zaga titular foi Índio e Bolívar, com Moledo no banco. Depois dali, o “general” da defesa colorada não voltou mais a campo.

Antes do confronto contra o Flamengo, “torcedores” foram até o treinamento para manifestar insatisfação com os maus resultados do time. Um dos principais alvos desse grupo que se fez presente, foi o zagueiro Bolívar – ele que falhou no gol do Coritiba dias antes do protesto. Coincidência ou não, na partida contra o rubronegro carioca, o camisa 2 perdeu espaço para Rodrigo Moledo no time. O resquício de uma gripe também seria um dos motivos para essa ausência, inclusive o jogador foi liberado da concentração para não contaminar os colegas. Na ocasião, Fernandão justificou: “O Bolívar não saiu do time por conta do resfriado. Eu já tinha feito um trabalho antes disso. Ele ia ficar no banco, mas teve que sair da concentração porque passou a noite mal. Levo o Jackson nesse jogo dentro de um pensamento normal. Sempre disse que nós temos grandes zagueiros e vou começar a fazer um rodízio entre eles.” Muito cobrado no protesto dos torcedores, Bolívar foi “defendido” pelo comandante colorado: “Infelizmente às vezes o peso no Bolívar é muito maior. O peso de quando as coisas não acontecem como a gente pensa. As coisas caem muito em cima dele, isso é ruim”, disse.

Para o jogo contra o São Paulo, Bolívar não embarcou com a delegação. Com a decisão de Fernandão por fazer uma espécie de rodízio de zagueiros, o jogador ficou por Porto Alegre, dando, mais uma vez, lugar ao garoto Jackson no grupo principal. Na partida contra o Flu, Bolívar também não foi relacionado. Ao ser comunicado que seria reserva outra vez, pediu para ser liberado da concentração; alegando que assim poderia intensificar os treinamentos para melhorar os condicionamentos físicos e técnicos. Fernandão assentiu: “Lógico que ele fica chateado de ter saído do time, mas ele me pediu para ficar fora do banco. Para que ele pudesse seguir trabalhando no final de semana.”

Hoje o Inter está indo para o Rio de Janeiro, onde enfrenta o Botafogo amanhã. Querem saber? Bolívar não foi com a delegação colorada. O motivo, dessa vez, parece ser opção técnica.

Ou será que o general, sabendo que não será titular no time de Fernandão, pediu mais uma vez para ficar fora? Será mesmo que Bolívar se recursou a ficar no banco de reservas, mesmo isso acarretando em não jogar algumas partidas com a camisa colorada? É bom lembrarmos que ainda no tempo de Dorival, Bolívar saiu do time por livre e espontânea vontade.

O que está havendo? Ninguém segura o general? Bolívar faz o que bem entende, é isso? Se for, temos um grande erro constatado e nem é do jogador: a direção, como está agindo para conter isso?