O legado de Luxa

18/07/2013

Se for parar pensar racionalmente sobre a passagem de Luxemburgo ao Grêmio, é possível afirmar que ela foi trágica.

Há quem diga que a campanha do Campeonato Brasileiro do ano passado empolgou, tanto é que uma vaga na Libertadores foi conquistada. Mas o que ela trouxe de bom? Nada. O Grêmio foi eliminado vergonhosamente na competição que era o principal objetivo do ano.

Não vale nem comentar a Copa do Brasil e a Sul Americana, né?

Mas não é de títulos ou vagas que quero falar.

Luxemburgo deixou um legado no Grêmio. Além de trazer jogadores que não deram resultado, como Fábio Aurélio e Cris, o profexô ainda dispensou atletas que, hoje, podem fazer falta no elenco de Renato.

Falo de Vilson, Gabriel e Marcelo Moreno.

O caso de Moreno é o mais gritante. O boliviano foi artilheiro do Grêmio na temporada passada e até agora não se sabe o real motivo do seu afastamento.

Hoje tá deitando e rolando no Flamengo.

Renato deve lamentar muito não ter essa peça de reposição em seu grupo. Até porque a fase do Barcos não é das melhores.

A boa notícia é que Moreno tem contrato de empréstimo com o Rubro Negro e pode voltar no final da temporada.

Mas será que não vai fazer falta durante o ano?


Sonho adiado. Bola ao centro, o jogo continua!

17/05/2013

Quatro brasileiros já caíram fora da Libertadores da América de 2013: um em crise, o atual campeão, um rebaixado e um cheio de projetos. Bom, sobre a desclassificação do Grêmio, achei justa. Não gostei nada, nada do tricolor de ontem. Foi um time medíocre, com uma postura medrosa e uma retranca bizarra. Jogou fora mais um título! A atuação contra o Santa Fé me lembrou muito a do jogo contra o Milionários, ano passado, onde o Grêmio deu bye-bye para a Sul-Americana. O time não atacava, jogando com o regulamento embaixo do braço, esperando pelo adversário.

 

Desde que me conheço por gente, ouço falar que o Grêmio é time guerreiro, time da virada na base da raça, da superação. Ontem, mesmo cansada por causa do futebol das meninas, morta de sono e louca pra dormir e fugir mais ainda do frio, fiquei parada na frente da TV e com o ouvido atento à narração do Orestes de Andrade, na Guaíba. Faltava pouco mais de quinze minutos para o fim do jogo e o Luxemburgo (na verdade, o Roger) fez duas alterações: Fernando por Marco Antonio e Barcos por Wellinton. O Fernando, tá certo, não jogou nada ontem (assim como quase todo time) e tinha mesmo que sair. Mas, tchê, o Barcos? Um time que precisa buscar o resultado, precisa fazer gol, tira o centroavante? Tira aquele cara que, num lance ou outro, pode matar o jogo em uma bola lançada na pequena área? Ele não era o cara para sair do jogo, não naquele momento da partida. Fiquei esperando a tal reação que tanto caracteriza o Grêmio, que não apareceu.

 

O presidente Fábio Koff, além de sua maravilhosa história no clube, se elegeu com uma campanha baseada praticamente na “promessa” da conquista do TRI da América. Gastou mundos e fundos pra isso, apostou, investiu, pediu para que o torcedor também acreditasse nessa possibilidade. Acreditar, acima de tudo, naquilo que, a cada jogo, os olhos não mostravam: um time pronto para erguer essa taça pela terceira vez na história do Grêmio. O “pojeto” não poderia falhar, mas em campo o time não soube dar sequência ao que no papel parecia, no mínimo, viável e aí com uma campanha bem média caiu fora da competição prematuramente. PREMATURAMENTE. Será? Agora eu pergunto: tirando o jogo contra o Fluminense no Engenhão e o jogo contra o Caracas na Arena, quais os outros jogos convincentes do tricolor na Libertadores? Aqueles de dar confiança pro torcedor? O time foi simplesmente a segunda pior campanha da primeira fase! Muito, muito abaixo do esperado, só não perdeu para o São Paulo, que foi o pior dos segundos colocados. But… quantas vezes já vimos um ou outro time acabar campeão, mesmo depois de uma fase de grupos fraca? Eu, pelo menos, já vi. Poderia ser o caso do Grêmio, não? Poderia. Oitavas-de-final, Santa Fé pela frente. Conhecem? Santa Fé, da Colômbia. Veste vermelho e branco. Nenhum título de expressão na história. Joga na altitude. Apresentei bem? Bom, vamos lá: por uma preparação melhor, a delegação foi uma semana antes para Bogotá, afinal de contas jogar na altitude nunca é fácil e se pudessem diminuir os risco dela, que assim o fizessem. Não adiantou, o atacante MEDINA, de fato, como havia prometido, COMEU, não o Grêmio, mas o sonho dos tricolores de conquistar o TRI já em 2013. Pela frente, não fosse o gol dele, o Grêmio teria a Asociación Civil Real Atlético Garcilaso. Time peruano, fundado há menos de cinco anos. Teriocamente um bom adversário para avançar das quartas às semis sem muita dificuldade. Teriocamente, mais uma “baba”. MAIS UMA? Não. Santa Fé não só não foi uma “babinha”, como fez o crime jogando ao lado da sua torcida.

 

É uma pena, mas o “pojeto” foi-se e não dá muito para o torcedor ficar lamentando. O Grêmio já tem o Brasileirão na sequência! E se projeto é a palavra mais usada na “era Luxa”, que ela continue valendo. Trocar de técnico não é a solução! Até porque, sei lá, eu acho que o torcedor que gritou “FICA, LUXEMBURGO”, no final do ano passado, não estava comemorando apenas uma vaga, mas sim a ideia concreta de um projeto a médio, longo, longuíssimo prazo. E digo mais: se as opções são mesmo Mano, Roth e Renato, acho que o Luxemburgo tem que seguir comandando o time ao menos mais uma temporada. Até porque, desculpem-me quem idolatra cegamente o Renato, mas ele poderia ser contratado como motivador, não como treinador de clube.


O DESAFIO DO GRÊMIO SEM LUXA

16/05/2013

Oi gentiiiii!!!!

Primeiramente gostaria de me apresentar aos leitores: prazer, eu sou a Heleninha, a nova
colaboradora do blog, representando o time feminino das gremistas.
Já que vim pra falar de Grêmio, obviamente meu primeiro post é sobre LIBERTADORES, o campeonato que é a cara do Tricolor!!! Desde que me conheço por Gremista, vejo o Grêmio crescer nas horas difíceis. Vejo na mesma temporada um Grêmio apagado em determinados campeonatos e um Grêmio valente quando disputa uma Libertadores, por exemplo. O espírito é outro, a vontade de jogar é outra! Parece que qualquer elenco que estiver nos representando vai vestir a tricolor, bater no peito e gritar: Esse é o Grêmio, é esse campeonato que temos que ganhar! No jogo de hoje não vai ser diferente, saímos de Porto Alegre com uma vantagem pequena para quem quer ganhar uma Copa! Nada está decidido! E ainda vamos sofrer a  falta do nosso comandante Luxemburgo no Gramado. Mas quando, para o Grêmio, um jogo está decidido? E é isso que me fascina, é esse frio na barriga que alimenta minha paixão a cada ano. É estar chorando e nos últimos minutos soltar apenas um grito: IMORTAL TRICOLOR!!!!!!!!!!!!

E como está nos fazendo falta a emoção de soltar esse grito que há anos está preso! O Grêmio de 2013 só precisa de EMOÇÃO, time nós temos, como há muitos anos não tínhamos um, mas ta faltando bater no peito, ta faltando espírito gremista para esses Jogadores. Confirmada a suspensão do Luxemburgo, o meu frio na barriga aumenta. Não pode acontecer uma coisas dessas a essa altura da Libertadores da América, é obvio que vai atrapalhar o Grêmio. de certa forma, vai sim alterar o psicológico dos jogadores, não tem como ser diferente. Imaginem vocês um dia sem chefe! A cabeça do ser humano já está automaticamente preparada para fazer tudo que não deve quando o chefe não vai trabalhar! A gente sabe exatamente as nossas obrigações, os nossos objetivos, mas podemos nos dar o luxo de relaxar quando o chefe não está né??!!! Agora, tentem imaginar se aparece uma dificuldade pra fechar o maior contrato da tua empresa justamente no dia em que o chefe não foi e lá está apenas o substituto!

Alguns vão pensar: bom está tudo nas mãos do substituto mesmo, vou deixar que ele resolva, outros pensarão: esse aí sabe menos que eu, vou fazer do meu jeito…. e aí seja lá o que Deus quiser!!!! Os gremistas estão vivendo uma relação de amor e ódio com o Luxemburgo por não conseguir botar o time do grêmio pra jogar como deveria. Esse time do Grêmio era pra ser uma máquina, era para estar patrolando o que vem pela frente, mas falta a ALMA, falta o amor à camiseta que estão vestindo, essa que é a verdade. Só lembrar do time de 2007, o que era aquilo pra gente chegar numa final de Libertadores??? Como conseguimos aquela façanha? Olha o que fazíamos com os adversários dentro Olímpico, não passava um, com AQUELE TIME de 2007!!! Alguém botava fogo naquele time guerreiro! Apesar disso, não podemos ignorar a falta que nosso técnico vai fazer, o que me deixa menos incomodada com a suspensão do Luxa é que o nosso substituto tem justamente aquilo que venho mencionando neste post :  A ALMA, O AMOR AO CLUBE, O ARREPIO NA ESPINHA, temos o multicampeão com a camisa tricolor, Roger. Tenho certeza que o Roger vai dar o melhor de si, não acho que ele esteja preparado para assumir o comando de um grande clube ainda, mas, ele é tudo o que temos para essa Libertadores e, além do mais,  meu feeling me diz que essa dificuldade somada ao absurdo dito pelo jogador do Santa Fé, que “vão comer o Grêmio”. Acordarão o GUERREIRO IMORTAL  e faremos uma grande partida!

Vai lá Roger, bota tua voz no vestiário, leva junto com ela toda a emoção de fazer parte desse Clube.

Nós confiamos em ti!!!!!

VAMOS GRÊMIO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Imortal Tricolor …

23/04/2013

Meu Deus! O que acontece com o Grêmio alguém pode me explicar? O que foi esse jogo contra o São Luiz? Já diria alguém… “Não tá no gibi!”. Jogo ruim, resultado favorável, mas péssimo. Garantindo a vaga nos pênaltis, por 5 a 3, o tricolor vai decidir a classificação para a final em Caxias do Sul contra o Juventude.

Explica Luxemburgo!   (Foto: Divulgação/ Grêmio)

Explica Luxemburgo! (Foto: Divulgação/ Grêmio)

Na quinta-feira havia sido aquele jogo de “meu Deus” lá no Chile. Há quem diga “com a cara do Grêmio” ou “guerreiro imortal”. Convenhamos… Chega, né?! O torcedor nem cobra por espetáculo, mas sim por qualidade.

Os dois últimos jogos do tricolor foram medíocres. Sim, medíocres! Não sei se é falta de interesse, problemas em casa, com a mulher ou no vestiário. Mas assim não dá mais. Não é possível ter tranquilidade olhando o jogo. É sempre perigoso. Por vezes o Grêmio até consegue envolver o time adversário, que no caso dos dois últimos, não eram times de ponta, mas logo degringola.

Em campo, jogadores como Barcos – que sem meio de campo só recebe bola quadrada – sem jogar o que sabe. Outros ficam se enrolando como Vargas e André Santos, vindos a preço de ouro, eles poderiam se doar um pouquinho mais, não?

barcos

Pelo Twitter, o zagueiro Cris, que não andou se comportando bem, disse: “Classificação suada contra o São Luiz no Gauchão. O mais importante é vencer!”. Não, não é só isso o mais importante. O mais importante é vencer dando segurança que o próximo jogo será melhor, mas o que anda acontecendo no Grêmio é que a cada jogo o time está pior.

Assim, que me desculpem os gremistas, o tricolor imortal não passa da próxima fase do Gauchão. Quiçá da Libertadores.


O SIM que todos desejavam

22/11/2012

A equipe matrimonial do Salto Alto acaba de anunciar mais um casamento que teve o SIM como resposta definitiva. Grêmio e Luxemburgo se deram as mãos e oficializam a união por mais um tempo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença até que a eliminação na Libertadores o separe.

Segundo uma rádio do Rio Grande do Sul na qual informou a permanência do “profexô”, a gremistada vai ver a cara do comandante por mais duas temporadas. O aviso saiu na noite de ontem, enquanto muitos assistiam o jogo da seleção. Ainda hoje sairá a definição de uma certa prorrogação do contrato com Luxa até dezembro de 2014. Isso tudo será decidido em uma reunião que contará com a participação do próximo presidente do Grêmio, o senhor Fábio Koff.

Os valores são de bom agrado. Teto salarial de dar inveja aos demais treinadores brasileiros. Fala-se que as partes chegaram a um consenso após acertarem o tempo de contrato, dois anos, salários, cerca de R$ 600 mil, e valores de premiações, que podem chegar a 9 milhões caso conquiste a Libertadores e o Mundial.

Foto: Ricardo Rímoli

Mas que para tudo isso termine numa história feliz, o Tricolor ainda tem que focar sua concentração nos próximos dois jogos que estão por vir. Domingo contra o Figueirense (já rebaixado) e depois o tão esperado Gre-Nal, marcado como o último jogo do Estádio Olímpico. As vitórias asseguram a segunda colocação no campeonato e a vaga direta para a Libertadores. Aos que acham que o jogo já está ganho, sempre há de lembrar a última partida contra a Portuguesa, que o resultado ficou só no empate.


Tec, tec… Fechando com chave de ouro.

13/11/2012

O Campeonato Brasileiro de 2012 é especial para os gremistas. Afinal de contas, será a última edição da competição em que o Grêmio mandará seus jogos no Estádio Olímpico Monumental – o Velho Casarão.

A cada final de semana, uma multidão tem ido acompanhar as partidas afim não só de ver o elenco entrar em campo e conquistar uma vitória, mas também de ir se despedindo do palco onde tantas vezes o tricolor gaúcho fez bonito, deu show, pressionou o adversário e causou inveja à torcida visitante.

No último domingo, o Grêmio de Vanderlei Luxemburgo enfrentou o São Paulo, que chegou embalado por uma goleada aplicada na Universidad de Chile pela Sul-Americana, no penúltimo jogo em campeonatos brasileiros da HISTÓRIA do estádio. Como não poderia ser diferente, o torcedor compareceu em massa para ver esse jogaço, mas também, para alguns, para dar o último adeus ao Olímpico. 45.894 gremistas, esse foi o número que se fez presente na tarde/noite de domingo. Uma multidão que não se intimidou em cantar para apoiar e empurrar o time que tinha um adversário complicado pela frente.

Um jogo especial, acontecimentos especiais. O Grêmio saiu perdendo para a equipe paulista. Depois de ver o zagueiro Saimon, que não atuava desde a primeira rodada do campeonato, cometer um pênalti infantil, a torcida esmoreceu. No confronto Ceni x Grohe, o mais experiente levou a melhor e o Grêmio saiu atrás no placar. Mas com aquele fervor da torcida, não faria sentido o jogo terminar em derrota. E, de fato, não terminou.

Zé Roberto, Pará, Moreno e André Lima trataram de rever a situação. Dois passes na medida, dois gols certeiros. Mais de quarenta mil vozes fizeram ecoar os gritos de amor pelo time que estava, com aquele resultado, assumindo a segunda colocação do Campeonato Brasileiro. Mais de oitenta mil pés fizeram o Olímpico tremer.

Crédito: Lucas Uebel/GFBPA

Além da virada conquistada em cima da equipe paulista, o confronto de domingo ainda teve mais dois momentos inesquecíveis. Quem diria que viveríamos para ver a seguinte cena: Antes do fim da partida, a torcida, em peso, pediu a permanência do técnico Luxemburgo para a temporada 2013. Gritos de: “Fica, Luxemburgo!” fizeram o experiente comandante se emocionar.

– Hoje foi um dia que não vou esquecer jamais. Está nos meus grandes momentos do futebol.

Assim como Luxemburgo, Zé Roberto também foi um homenageado da tarde. Ele que criou, arriscou, deu assistência, também acabou se emocionando depois do apito final do árbitro e chegou a cair no gramado, enquanto chorava.

– Quero terminar este campeonato e mostrar que os que confiaram em mim fizeram certo. Não vim para o Grêmio por dinheiro, mas sim porque ainda corre no meu sangue o prazer de fazer aquilo que eu gosto.

Com os resultados da rodada, o Grêmio ocupa a vice-liderança do Brasileirão e, mantendo essa posição, garanta vaga direta à Libertadores da América de 2013.

No dia 2 de dezembro, o Estádio Olímpico Monumental terá o seu último jogo. O seu último clássico. Pra fechar com chave de ouro, nada mais emblemático que um confronto contra o maior rival da história.


Chance com o profexô!

04/09/2012

Para a partida contra o Atlético Goianiense, amanhã, no Estádio Olímpico, o técnico Vanderlei Luxemburgo não terá a sua dupla de ataque titular. Kleber fica fora por suspensão, já que foi expulso no confronto contra o Palmeiras, e Marcelo Moreno estará servindo à Seleção Boliviana. Com isso, André Lima e Leandro devem compôr o sistema ofensivo. Mas e no banco de reservas, ninguém para a função?

Facundo Bertoglio poderia ser uma opção, mas o argentino voltou a fazer somente treinos físicos. Logo que retornou ao  Grêmio ele até trabalhou com bola, realizou um jogo-treino, mas sentiu forte desgaste muscular e ainda não tem previsão para atuar. Sendo assim, Luxemburgo procurou opções no quintal de casa.

 

Elenco campeão da Taça BH. (Foto: Lucas Uebel)

O técnico gremista promoverá os garotos André e Lucas Coelho, titulares da equipe que levantou a Taça BH de juniores no último domingo, ao elenco principal para a partida de amanhã. Luxa tem o costume de trabalhar em sintonia com as categorias de base dos clubes por onde passa e sempre prega a ideia de que a base está aí justamente pra isso: ajudar, quando necessário, na composição da equipe principal.


Vitória com um toque ímpar.

05/08/2012

5-7-9 não é um sistema tático de futebol, mas hoje, contra o Bahia, foi o jeito que o Grêmio conseguiu carimbar a permanência no G-4. Afinal de contas, os gols saíram dos pés dos donos da sequência ímpar do uniforme gremista.

Domingo combina com sol, com futebol e com estádio lotado. Hoje, Porto Alegre teve uma tarde cinza, mas, nem por isso, o Olímpico foi um estádio vazio. Em mais uma vitória do Grêmio na sua casa, o futebol apareceu da melhor forma: pegado, equilibrado e resultando em gols.

No primeiro tempo, o domínio foi todo dos mandantes. Com destaque para as atuações de Gilberto Silva, Souza, Zé Roberto e Pará, o Grêmio possuiu mais posse de bola e deu muito trabalho para o goleiro Marcelo Lomba, ele que teve uma tarde inspirada e segurou todas as chegadas do ataque gremista.

Mas se o Bahia tinha o seu Marcelo como destaque, pelo lado do Grêmio o Marcelo Moreno não estava conseguindo efetivar as jogadas e balançar as redes adversárias. O camisa 9 do tricolor recebeu bola do Pará, do Kleber, do Elano, Zé Roberto, mas a bendita redondinha parecia não querer entrar. E, se não vai por bem, que vá por mal. Ou melhor: que vá a força.

A jogada que resultou no primeiro gol do Grêmio, começou nos pés de um novo ídolo do torcedor. Desde a sua chegada no clube, Elano caiu no gosto da torcida – mesmo sem ter balançado as redes vestindo a camisa sete do tricolor, o meia não precisou de muito tempo para agradar o torcedor gremista. Numa cobrança de lateral, Elano tentou mandar a bola para Kleber; o camisa 30, antes de pensar em dominar, foi derrubado pelo conhecido zagueiro Titi. Pênalti marcado e comemorações calorosas de mais de vinte mil torcedores. Motivo de chacota no que diz respeito à cobranças de penalidades máximas, Elano foi o escolhido para bater. Sem chances para o goleiro Marcelo Lomba, o meia mandou no lado direito e deixou, pela primeira vez em sete jogos, a sua marca com a camisa azul, branca e preta.

Grêmio

Foto: Guilherme Testa

O segundo gol parecia sair numa pequena questão de tempo. O Grêmio estava bem posicionado, pressionando um Bahia destemido, mas não conseguiu sucesso durante o primeiro tempo de partida.

Na volta, um jogo com uma outra cara. O técnico Caio Junior teve estrela e colocou um jogador que atrapalhou a defesa gremista: Lulinha chegou e já levou perigo nos primeiros três minutos do tempo complementar. Com a sua defesa exposta, Luxemburgo tirou o lateral Edilson, para colocar Léo Gago, assim como trocou Fernando por Marquinhos.

Diferente do primeiro tempo, o Grêmio não conseguia se impôr. O Bahia esteve muito bem, principalmente nas jogadas de contra-ataque e começou a dar o trabalho que Marcelo Grohe não teve nos primeiros quarenta e sete minutos. A sorte? Gilberto Silva, o capitão, protegeu muito bem a defesa. Ele que foi quem puxou as orelhas de Werley, quando o zagueiro não marcou Fahel e apenas assistiu o time nordestino chegar ao empate.

1 a 1, com os resultados paralelos de momento, levavam o Grêmio para a sexta colocação. Do céu, à zona do limbo. O Grêmio poderia terminar em terceiro, mas estava vendo a rodada fechar com Inter na quarta colocação e sem figurar na zona de classificação à Libertadores da América.

Num segundo tempo de pressão e muita correria, o jogo tinha tudo para terminar igualado e, inclusive, seria um resultado de justiça se assim acontecesse. Só não avisaram isso a Souza, que aproveitou a boa cobrança de escanteio de Marquinhos e, de cabeça, mandou a bola pro gol. Com a torcida delirando por estar de volta ao G-4 e carimbar mais uma vitória importante dentro do Olímpico, que está com seus dias contados, o Grêmio encaminhou os três pontos já nos últimos minutos de jogo.

Agora, voltamos ao topo da crônica. Marcelo Moreno não conseguia balançar as redes. Marcelo Lomba estava defendo todas as bolas. Com 2 a 1 para o Grêmio, o filme tinha tudo pra mudar. E Moreno quis ser um dos protagonistas nessa história de comemoração. O camisa 9 viu o camisa 5 e o camisa 7 balançar as redes adversárias; pra fechar a tarde que já virava noite com chave de ouro, o atacante boliviano completou a sequência ímpar e, com um golaço encobrindo Lomba, fez a torcida que tanto o aplaude no anúncio inicial dos jogadores, incendiar o estádio Olímpico Monumental.

Em poucos segundos, Mancini foi expulso e todo o elenco do Bahia, inclusive membros da comissão técnica, pressionaram a arbitragem. Com inúmeras reclamações, o time nordestino povoou o meio de campo em vão: o árbitro trilou o apito. Grêmio, no G-4, 3, Bahia, no Z-4, 1.

GRÊMIO

Marcelo Grohe; Edilson (Léo Gago), Werley, Gilberto Silva e Pará (Tony); Fernando (Marquinhos), Souza, Elano e Zé Roberto; Kleber e Marcelo Moreno – Técnico: Vanderlei Luxemburgo

BAHIA

Marcelo Lomba; Diones, Danny Morais, Titi e Ávine (Lulinha); Fabinho, Fahel, Hélder e Mancini; Zé Roberto (Ciro) e Junior (Magno) – Técnico: Caio Junior


Quitou o caderninho?!

19/07/2012
Sem conseguir encontrar o caminho das vitórias, o técnico Vanderlei Luxemburgo havia prometido, na sua última entrevista coletiva, pagar uma dívida de honra com a torcida do Grêmio. O time teria que ter mais garra, mais força de vontade, mas atitude para honrar o apoio do torcedor gremista.

Foto: Guilherme Testa

Depois da importante vitória sobre o Sport, a dívida, enfim, está paga. Mesmo com um primeiro tempo sem muita criatividade, Luxa considerou como positiva a atuação do elenco, já que o Grêmio conseguiu buscar um resultado que inicialmente esteve negativo: “Os jogadores fizeram toda a diferença. Eu vejo o jogo e faço alterações, mas quem resolve lá dentro de campo são eles. Assim como resolveram hoje.”, comemorou o comandante gremista.
O resultado passou pelos pés de um garoto que começou a partida no banco de reservas. Sem muito espaço no time de Luxa, Leandro entrou em campo e correspondeu, balançando as redes duas vezes. O atacante já havia sido destaque na temporada passada, mas acabou não correspondendo às expectativas. E para Luxemburgo, a pressão por desempenho atrapalha a evolução do atleta: “Às vezes tratamos um menino como Cruyff, Maradonna, Pelé.  Estes são craques. Cobramos como se ele fosse solução. Tem que aprender. Ele vai aprender com a vida”. Sobre o problema extra campo do jogador, Luxa tranquiliza: “Tudo que ocorreu hoje foi uma aula para ele. Vai aprender em campo, vai aprender com a vida. Acontecendo o que aconteceu sai o técnico e entra o pai, o avô. Eu tenho que mostrar para ele que pode jogar sua carreira fora.”

Foto: Guilherme Testa

Para a próxima partida, Luxemburgo não terá o atacante Kleber que acabou levando o terceiro cartão amarelo e vai cumprir suspensão automática.

Grêmio já é terceiro!!

11/06/2012

Grêmio já é o terceiro colocado com 9 pontos na quarta rodada. Uma bela arrancada pra quem quer ser campeão.

Primeiro tempo muito movimentado. Time encaixado, organizado. Zaga bem fechada. E isso tem um  nome -Luxemburgo. O cara que sabe conquistar títulos nesse campeonato na fórmula de pontos corridos. Cada ponto hoje é importante pro futuro. E eu concordo com o Luxa quando ele diz que não precisa poupar sempre.

O jogo no inicio foi pegado. Corinthians marcando forte e chegando sem muito perigo ao gol do Grêmio. Até o Marco Antônio receber uma bola redonda e bater pro gol. Aberto o placar…Grêmio 1×0. Ainda na primeira etapa, André Lima oportunista, no lugar certo na hora certa amplia o placar. Grêmio 2×0. Só não ampliamos mais no primeiro tempo, pois, de novo, tivemos algumas falhas na finalização. Vale destacar a vontade do Miralles, boa movimentação, procurou o jogo, tabelou. Souza fez uma partidaça, Vilson foi novamente bem na defesa – sempre seguro e bem posicionado.

Já na segunda etapa o jogo foi morno, corinthians chegou algumas vezes no ataque, mas sem gols. Grêmio soube administrar bem a partida. Kleber entrou no segundo tempo, um tanto quanto fora de ritmo, perdeu um gol, sofreu um pênalti não assinalado pelo juiz da partida. Agora é esperar que ele entre com tudo quarta feira pela CB contra o Palmeiras. Ele precisa de sequencia para voltar a ser o nosso Gladiador. E ele vai chegar lá…

Agora o foco é pela Copa do Brasil. Jogaço quarto feira, Olímpico pulsando, LOTADO. Dois dias antes da partida, os ingressos  estão esgotados. A torcida vai fazer o seu papel motivando os jogadores dentro de campo rumo a mais uma vitória.

Continuamos no caminho certo. PRA CIMA DELES, GRÊMIO QUERIDO!

Gisele Paixão

Levantando a Bandeira Azul no Salto Alto FC.